Pular para o conteúdo principal

Dezembro


O granito é um delírio mudo.
A buzina, um sonho inventado.
Dezembro corta o fio da alma. 

No filme. Heroína de nada.
O sangue e as palavras — a mesma mentira. 

Não há deus nesta hora estagnada.
O adeus é um buraco no coração.
Sou uma poeta desprezível. 

Arranco a lápide — com luvas de pelica.
Meu rosto é um céu mudo. 

Cansada do tudo.
O telefone toca
dentro do vazio.  

Postagens mais visitadas deste blog