Entrego-me ao seu ritmo áspero,
aos garotos que são um só,
à música que entorpece o pensamento.
É um prazer que corta,
um cristal que sangra amanhãs.
Mas hoje sou esta constelação de restos:
todas as portas abertas,
todas as mãos na minha cintura.
E a felicidade é este instante preciso,
o sal da pele alheia,
enquanto bebo, consciente,
o doce veneno do acaso.