Eu, acima de tudo, intocável.
A noite não falava.
A escuridão era um espelho sem fundo.
Até que o vento voltou
e pronunciou meu nome.
E o abismo devolveu
apenas o som desse nome.
Depois, o vazio.
Um silêncio tão completo
que parecia um perdão.
Mas nos meus dedos,
a mancha da parede guardava
o desenho teimoso
de onde esteve o sol.